Eu que tinha tanto para escrever e não tive coragem.
Eu queria ter falado sobre as coisas do amor;
da família;
do sexo e o tabu.
que senti e fingi que não.
Que achei que havia amor em um dia e no outro amanheci e não
amava mais.
Queria ter falado sobre os dias frios do mês de novembro.
Do prazer que sinto quando o sol bate em minha pele enquanto o vento esfria.
Quero eu falar dos prazeres,
de coisas instantâneas que ficarão eternizadas na
lembrança, e duraram o tempo necessário.
Dos medos e preconceitos que me paralisam que me impedem de
ser um pouquinho mais feliz.
Das conversas que emanam energias sobrenaturais.
Das bebidas que diluem o “super-eu”.
Da sensação daquele abraço apertado.
Sobre a saudade das borboletas na barriga.
Queria sempre recitar os versos de Gonzaguinha
“Eu apenas queria dizer a todo mundo que me
gosta.
Que hoje
eu me gosto muito mais.
Porque me
entendo muito mais também”
E poder
usar Raul pra complementar que prefiro ser a metamorfose ambulante.
Falar
sobre como me encanta a intensidade das apaixonadas dos filmes franceses.
E por fim dizer a você
o que sinto em relação a nós.